Neste domingo, 12 de março, durante a visita a Salvador do presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, os petroleiros fazem ato público, a partir das 10h, no portão principal do CEPE Salvador, em Stella Maris. A manifestação tem por objetivo ampliar o apoio da sociedade para que a Petrobrás fique na Bahia. A iniciativa é da Associação dos Engenheiros da Petrobrás, Núcleo Bahia (Aepet-BA) e da Associação Brasileira dos Anistiados Políticos da Petrobrás (Abraspet).
Durante o ato será lançada a campanha “Reconstruir a Petrobrás é Reconstruir o Brasil” e apresentado um manifesto com os objetivos da campanha. A atividade deve reunir, ainda, entidades do movimento social e popular, estudantes, parlamentares, além de representantes do movimento negro, das mulheres e de sindicatos.
O presidente da companhia se reunirá com os empregados da Petrobrás, às 13h, no Espaço Lagoa, do CEPE Salvador. Na oportunidade, a Aepet-BA e Abraspet vão entregar a Prates um documento com as reivindicações que foram encaminhadas pela categoria às entidades.
Retorno à Bahia
A reabertura do prédio Torre Pituba – que inclui o Conjunto Pituba -, é uma das pautas prioritárias. Até agosto de 2021, o edifício abrigava a sede administrativa da Petrobras, em Salvador, em funcionamento desde a década de 1970. Lamentavelmente todo o complexo se encontra fechado e abandonado atualmente. O prédio, que tem valor estimado em R$1,4 bilhões, possui 22 andares, 2.600 vagas de estacionamento e heliponto.
Mesmo fechado, o aluguel do imóvel é pago mensalmente pelo fundo de pensão Petros, no valor de R$ 6,8 milhões, com correção anual pelo índice Nacional de Construção Civil e pelo IPC. Além de outras despesas referentes à manutenção do prédio, segurança predial, pagamento de IPTU, entre outras.
Com o fim das atividades, os empregados do Conjunto Pituba foram transferidos para outros estados. Para os trabalhadores que continuam em Salvador – em situação de excepcionalidade ou por interesse da empresa -, a empresa alugou uma sala (coworking), no Edifício Suarez Trade, no Caminho das Árvores. Cerca de 300 trabalhadores dividem esse espaço.
Empregos e investimentos
Os baianos, protagonistas na produção e no refino de petróleo brasileiro, nunca concordaram com a saída da Petrobrás da Bahia. É preciso manter a empresa no estado, gerando desenvolvimento industrial, preços justos dos derivados, empregos e renda para a população.
A empresa é fundamental para a retomada dos investimentos públicos e privados na industrialização do estado, geração de emprego de qualidade, arrecadação de impostos e novos investimentos socioambientais e culturais na Bahia. A defesa da Petrobrás é do interesse de toda sociedade.
Além de lutar pela reconstrução da empresa na Bahia, os petroleiros querem o fim da política de preços dos derivados do petróleo (PPI) e a retomada das unidades que foram vendidas, arrendadas ou fechadas, nos últimos anos pela Petrobrás.
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